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Portugal uma perspectiva da sua história - Livro

Uma das coisas que mais agrada (no que diz respeito a livros) é vaguear pelas prateleiras e estantes que existem cá por casa. De vez em quando encontro algumas relíquias que valem bem a pena.

Há uns meses encontrei o seguinte livro "Portugal uma perspectiva da sua história" de Flausino Torres.
A lombada do livro chamou-me a atenção e depois achei a capa um máximo! Numa época em que (muitos) livros que vemos nas livrarias estão cheios de "poluição" visual, muitas vezes sem ter nada a ver com o conteúdo do próprio livro em si, seja no excesso de fotografia e grafismos (muitas vezes absurdos), já para não falar em algumas atrocidades tipográficas, é bom encontrar livros que nada tem a ver com essa estética. Nem que seja na estante lá de casa.

Capa do Livro - Portugal uma Perspectiva da sua História



O livro é de 1970 e foi editado em Praga pela Universidade Carlos.
Em Portugal é uma edição de autor, da editora afrontamento. A orientação gráfica foi de Manuela Bacelar.

O autor leccionou a cadeira Cultura Portuguesa na Universidade Karlova em Praga. O livro surgiu da necessidade dum instrumento de trabalho para o próprio, que sintetiza-se da história da cultura e da civilização portuguesa.

montagem fotográfica da capa e lombada do livro

Ainda só vou começo, mas agrada-me a perspetiva e acessibilidade do autor.

Deixe-o-vos parte da nota introdutória:
"Portanto, estudar história de Portugal não é ler sonolentamente umas páginas recheadas de nomes «gloriosos» e datas «gloriosas» - estudar história é percorrer o país de norte a sul, ver o que aí está feito e procurar saber de tudo aquilo que é necessário modificar. Estudar história é conhecer da vida e das labutas de todos os habitaram ou habitam ainda. Não basta conhecer como se viveu e como estavam relacionados os homens de outras eras; embora seja indispensável ir até aos alicerces, tal como numa casa, quando queremos saber da sua segurança.
Agora, o que para coisa alguma serve é o conhecimento isolado dos nomes sonoros que encontramos em todos os tempos; esses estão em relação ao conjunto, como os sinos da velha Sé de Lisboa - servem (o máximo) apenas para chamar a atenção para a grandiosidade do edifício, para o cerimonial que vai realizar-se.
Mas, comecemos pelos alicerces, e em breve chegaremos aos cocurutos."

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